Escrito por: Iracema Corso : Empresa de administração prisional ameaça deixar Sergipe. Situação pode gerar o caos no COMPAJAF (Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho), C.E (Cadeia Pública de Estância) e C.P.A.B (Cadeia de Areia)
Filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), os diretores do Sindicato dos Empregados das Empresas de Administração Prisional do Estado de Sergipe (SINTRADISPEN/SE) estão apreensivos diante da possibilidade de demissão dos 540 Monitores de ressocialização prisional que trabalham nas unidades prisionais de Aracaju, Estância e Areia Branca, no Regime de Cogestão Pública e Privada. Nesta semana, a empresa de terceirização Reviver comunicou ao sindicato que o aviso prévio para a demissão de todos os trabalhadores vai começar a contar a partir da próxima segunda-feira, dia 11/11.
O atraso no pagamento de 9 parcelas do contrato firmado junto ao Governo de Sergipe é o motivo apresentado pela Reviver para a demissão em massa de 540 trabalhadores.
Com o objetivo de encontrar uma solução para o problema e sanar o risco de demissão que está acabando com o sono dos trabalhadores, o presidente do SINTRADISPEN/SE, Antônio Luiz se reuniu na última quarta-feira (6/11) com o presidente da Alese, Luciano Bispo. “Estamos muito preocupados com esta situação. O deputado Luciano Bispo pretende marcar uma reunião do SINTRADISPEN/SE com o secretário geral de Governo José Carlos Felizola. Devido às parcelas atrasadas, a empresa Reviver nos informou que pretende sair do Estado. Isso seria uma tragédia para as famílias de 540 trabalhadores”, alertou o presidente do SINTRADISPEN/SE.
Segundo notícia divulgada na mídia sergipana, o Governo do Estado já teria efetuado o pagamento de duas parcelas atrasadas na última terça-feira e até o fim desta semana o problema será resolvido. O presidente do SINTRADISPEN/SE afirmou que os salários dos trabalhadores foram pagos e a categoria aguarda o desfecho da negociação entre a Sejuc e a Reviver.
Ainda nesta quinta-feira (7/11), Antônio Luiz (SINTRADISPEN/SE) foi informado que a empresa Reviver cortou as férias de todos os trabalhadores que estavam programadas para dezembro/2019. “Não sabemos se esta medida também é consequência da inadimplência do Governo do Estado. A situação dos trabalhadores é de desespero e de muita preocupação. O nosso sindicato aposta na união dos trabalhadores e diálogo com o Governo para resolver este problema e evitar as demissões e o caos na segurança das unidades em Regime de Cogestão prisional de Sergipe”.